
Peróxido
de Mek(metil etil cetona)
O peróxido de metil etil
cetona (P-Mek) é um peróxido orgânico muito utilizado na cura de resinas poliésteres
insaturadas, éster-vinílicas, bisfenólicas e furânicas através de anidrido sulfuroso.
Esse é um dos vários processos de cura de resinas furânicas, mas o peróxido que
se está descrito a seguir é destinado ás outras resinas acima.
O P-Mek encontra-se basicamente
em três estruturas, que se coexistem, apenas mudando a porcentagem dessas
estruturas. Essas estruturas são:
O P-Mek que mais se adequa ás
resinas citadas, contém um alto teor de estruturas diméricas, que possibilita um melhor
desempenho ao que se destina. Isso é obtido simplesmente controlando-se a
estequiometria da reação, em especial atenção a quantidade de catalisador utilizado.
As características básicas de
um P-Mek (podendo variar de acordo com o fabricante) são as seguintes:
Densidade |
~ 1,13 g/cm³ |
Temperatura de decomposição |
60° C |
Teor de oxigênio
ativo |
9% máximo |
Temperatura crítica |
80° C |
Flash Point copo aberto |
70° C |
Temperatura máxima de
estocagem |
30° C |
Vida
útil |
~ 06 meses |
Teor |
50% em DMP (agente
flagmatizante) |
Insolúvel em água |
Odor irritante |
Corrosivo em contato com a pele |
O P-Mek é um composto
orgânico com características fortemente oxidantes, que não se dissolve em água, mas
se solubiliza em alguns solventes orgânicos não promovendo nenhum tipo de reação
química, tais como cetonados, álcoois, acetatos e ftalatos.
A principal característica nas
resinas, é que ele participa de reações de óxido-redução com sabões metálicos
trivalentes pesados com Fe³, Al³ e Co³.


A reação descrita acima entre
P-Mek e sabão metálico de cobalto, ocorre na cura de resinas poliésteres. Os
radicais livres que foram formados a partir do P-Mek agem sobre as insaturações da
resina poliéster e do monômero de estireno contido na própria resina abrindo-as,
formando assim radicais livres que se integram entre si. Além das reações
ocorridas entre metais trivalentes e algumas resinas, podem haver reações de
decomposição térmica ( com BPO por exemplo) e por ultra-violeta. Essas reações
degradam esse produto em oxigênio e mek e água.
OBTENÇÃO DO P-MEK
Para a obtenção do P-Mek, é
feita uma reação de oxidação do mek para um peróxido orgânico, o p-mek. A
reação se processa entre o mek e o peróxido de hidrogênio em presença de ácido
sulfúrico, processando-se em meio ao DMP, o qual é um agente flagmatizante, para atenuar
a reação, dificultando o ataque do oxigênio ativo ao mek, por impedimento estérico,
auxiliando também na estabilização do produto final.
A formulação básica será a
seguinte:
Mek= 220 ppp |
Peróxido de Hidrogênio= 490 ppp |
Sulfato de Magnésio desidratado = 140
ppp |
Dimetil Ftalato = 545 ppp |
Ácido Sulfúrico = 1,7 ppp |
Está formula pode ser
rearranjada de várias formas de acordo com cada processador.
O processo utilizado visa obter
um produto final com maior teor possível de dímeros, por isso faz-se necessário uma
dosagem moderada e controlada do catalisador, também para que não haja uma reação
excessivamente exotérmica e explosiva. O próprio calor gerado pela reação
auxilia no processo de reação e catálise do sistema. Todo esse processo é realizado em
sistemas fechados e resfriados com sistemas trocadores de calor e sistemas anti-chama e
anti-explosão. no demais deve-se sempre tomar os devidos procedimentos de segurança
para este tipo de serviço obtendo-se o máximo possível de informações.
Esta explanação é genérica, se necessitar
maiores informações sobre as reações, obtenção, riscos e cuidados, faz-se
necessário uma pesquisa mais aprofundada.